Ainda muito se confunde gostar e amar.
O "gostar" é necessário ao se constituir uma relação. É seu marco inicial e deve perdurar sempre.
Mas este "gostar" não é o que solidifica e aprofunda esta relação.
"Gostar" ainda é algo primitivo, egoísta. Por mais que se julgue e diga: "Mas eu gosto muito dela(e)".
"Gostar", envolve muitas demandas e juízos.
Amar, por sua vez, releva, e tudo crê.
"Gostar", reinvindica sempre a satisfação dos seus próprios interesses, do seu tempo, do controle, da obsessão.
Amar, se satisfaz apenas com o bem do objeto desse amor.
"Gostar", é exigente, impaciente, incompreensivo, não se humilha e não se arrepende.
Amar, é cheio de benignidade, paciência, misericórdia e só pensa o bem.
"Gostar", ainda é só coisa de meninos, que pensam, sentem e agem como meninos.
Amar é coisa de gente grande, que faz do outro, não um objeto de compensação de suas carências, mas o depositário de coisas boas que saem do coração.
"Gostar" sem amar, causa angústias desnecessárias, suscita dores, cava abismos em vez de pontes.
"Gostar", trata de "fazeres", de "urgências", de "caprichos", de sentimentos e de aparências.
Amar, tem a ver com o "ser", com "longo prazo", mansidão, escolhas e essências.
É bom e agradável que se "goste" tanto de alguém, mas é necessário, fazer desse "gostar" um projeto de amar este alguém.
G.de Araujo Lima
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A felicidade anda pela estrada da gratidão. O que se "escreve com as mãos" fala com a boca e se pensa com o coração. G. de Araújo Lima