domingo, 22 de fevereiro de 2015

MANIFESTAÇÃO DO MAL - DISCERNINDO SEU CAMINHO

 
 
 
 
O MAL não bate às portas, ele sempre procura por "brechas".
 
Entra por janelas, frestas, onde pensa não ser visto. O que mais ele não quer é ser visto e reconhecido. Nunca se revela por inteiro, pois seu caminho é o do engano, da obsessão, com intuito de prender e escravizar aos seus ditames.
 
Ele vem sorrateiro, rastejando. Não gosta da luz, pois a luz lhe revela os intentos. Prefere o que é sombra, o que parece ser mas não é.

Assim, age com subliminares, com coisas subentendidas, com verdades deturpadas, as quais chamamos de "meias-verdades", pois a mentira é justamente isto: A verdade relativizada, contada de trás para frente, provocando mais confusão do que entendimento.

Não se engane: A mentira não é destituída de "verdades".

Também trabalha com o lúdico, pensando com isto entreter e desviar a razão do caminho da análise livre. escolhendo vítimas descuidadas, aquelas que são "crédulas", que em tudo acreditam,

Gente que troca o processo a ser cumprido, por manifestações superficiais e momentâneas, que prefere o espetáculo em detrimento da "presença".

O mal, não tem poder nenhum em si mesmo.
O poder do mal de fazer o que é mau, é alimentado pelo medo e pelo assentimento que lhe damos.


O mal toca no que é superficial, no que ilude os olhos, naquilo que mexe com as emoções sem controle, na falta de domínio próprio. O que é mal sempre quer exercer controle, mesmo que para isto se vista de coisa que traga boas sensações. Intenta, sobretudo, mexer com a vaidade, o orgulho e a ambição.


O mal não é um ente com personalidade e características próprias. Não é um ser com poderes sobrenaturais.
Todo mal para se manifestar e se mostrar como mau, necessita de um receptor que lhe dê guarida e assentimento.


O mal se alimenta da poeira que levantamos com nossas crenças, medos e ambições.


É produto da somatização de toda a produção destituída de verdade e amor, seja dos seres angelicais, seja dos seres humanos.

O mal não é tanto coisa que vem de fora, mas o produto daquilo que se produz por dentro do ser.
Em suma, o mal é a manifestação última da falta de verdade e do amor.

 
G. de Araújo Lima

domingo, 1 de fevereiro de 2015

"DEUS ESTÁ NO CONTROLE DE TUDO"



Muitos, diante de alguma situação tem a postura: 
"Não se preocupe, Deus está no controle de tudo". 

Querendo dizer, obviamente, que tudo está sob Sua direção.

Bem, caso tal interpretação fosse a verdade, a conclusão sincera a que, necessariamente, deveríamos chegar, é a de que Deus seria um ser completamente confuso, contraditório, maquiavélico, manipulador, psicopata e narcisista. 

Tal ser portanto, seria um ser não confiável.

Ao depender de como se interpreta algumas passagens das Escrituras, ora se verá um Deus sanguinário, que manda matar, ora um Deus "permissivo" e compassivo demais. 

Contudo, este problema de "extremismos Divinos" pode, e deve ser discernido à luz do que está revelado do que ocorreu nos bastidores celestiais ou na meta-história da experiência de Jó.

A diferença desta história e das demais histórias permeadas de catástrofes e pretensos "julgamentos de Deus" é que naquela nos é  revelado o que ocorre por trás das aparências. Por isto, tal história nos é dada como modelo para entender as demais no que diz respeito a este particular. 

De forma que nós sabemos, mas Jó, não sabia do que ocorria no reino invisível.

Deus, utilizar-se do "controle" seria o mesmo que ferir o princípio da liberdade e da livre-escolha. 

É como o atributo do Poder de Deus. Ele não se utiliza dele em plenitude o tempo todo. 
Seu poder está muito mais em não precisar utilizá-lo. 

Pois, se Deus sempre aplicasse o Seu poder, ele seria um tirano narcisista, que precisa estar desfilando seus poderes para propagandear Sua autoridade e, talvez, estivéssemos "fritos".

O amor de Deus é a maior expressão do Seu poder, é o maior dos seus atributos absolutos. 

Para o religioso, para o ser de baixa autoestima ou para o que é vingativo, o poder de Deus é seu maior atributo e o invoca com o fim de lhe ser favorável, mas na verdade, é recurso tomado, inconscientemente, as vezes não, como álibi dos seus próprios intentos maldosos e egoístas.

Da mesma forma, para o "medroso", para o que foge do seu posto, Deus está no "controle" de tudo.

Diante disto, qualquer coisa que der errada, "foi da vontade de Deus", ou seja, o sujeito fica doente, é da vontade de Deus, mas vai contra esta mesma vontade procurando a medicina para se livrar da enfermidade.

Se de fato Deus está no controle de tudo, Ele faz o bem e o mal, traz o sofrimento e a morte, a pobreza e a ignorância e seria lutar contra Ele, todo o esforço para evitar ser atingido por estas coisas. 

Até os erros dos homens seriam imputados em Sua conta, uma vez que Ele está no "controle de tudo".

Caso realmente Deus fosse assim, jamais o seguiria. 

Não conseguiria ser cúmplice e adorador de tamanha contradição e hipocrisia.

As pessoas confundem soberania Divina com autonomia humana. 

Sua soberania não lhe dá o direito de intervir na autonomia do homem. 

Ele não invade. Respeita os limites que Ele mesmo estabeleceu. 

Está, sim, sempre batendo, espontaneamente e com toda expectativa, à porta, todavia, só entra se for aberta pelo lado de dentro.

Deus é amor. Este atributo Divino é absoluto! 

E, talvez, seja o maior de todos os atributos de Deus.
Ele estar no controle, implicaria, devido a este atributo absoluto, em implementar, pela imposição, o amor, e o amor, não é o que se vê em qualquer esquina por aí. 

Porquanto, amor para ser amor, só é verdadeiro, se for por livre decisão de quem o dá.

Portanto, uma coisa é viver pela árvore do conhecimento do bem e do mal, outra é viver pela árvore da vida, que representa o amor de Deus que excede toda interpretação humana. 

Tal árvore não pode produzir, conjuntamente, o bem e o mal. Muito mais do que, até o bem, ela produz Vida.

Deus só pode ser e fazer o que é bom, produzir o que é vida. 

Deus é amor. 
E este amor em Deus é como Ele, imutável.
G. de Araújo Lima

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

A LANTERNA DOS AFOGADOS


Manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a esperança na incerteza das riquezas... I Tim 6:17

Ouvi certa vez um conto indiano interessantíssimo: 
A história de dois homens pescando às margens do Ganges que, subitamente, veem uma criança se afogando na correnteza do rio. Os dois se jogam na água e salvam-na, com relativa facilidade.
Ambos se recompõem e voltam a pescar na margem do rio quando, subitamente, duas crianças surgem se debatendo contra a correnteza, se afogando. Ambos se jogam novamente na água e salvam, cada qual um, as crianças.
E voltam a pescar. E de súbito, outra vez, surgem outras crianças, agora quatro, afogando-se rio abaixo. Com muito esforço e extrema dificuldade eles conseguem salvá-las. E, exaustos, retornam à margem do rio.
Quando pensam em tornar a pescar, veem com espanto mais oito crianças, da mesma forma, se afogando. Um deles, quase que sem pensar, pula na água. Quando vê que o companheiro não pulara, grita:
_Você não vem me ajudar, não?
_Não! Responde o outro. Eu vou subir o rio para ver quem está jogando as crianças no rio!

***

Cá estamos nós, reclamando do desassossego que esse grupo de afogados e afogandos sem chinelo vem infligindo à nossa pescaria. 

Queremos sossego.

Ainda que às custas de tantos outros desassossegos e desassossegados. 
Fizemos por merecer. Nossa meritocracia é nossa boia.

Todo mundo quer sombra, mas ninguém planta uma arvore.

Todo mundo quer sossego. Todo mundo...

Nosso mantra é “não lhes dê o peixe, ensine-os a pescar”.

Nosso mantra, nosso álibi...

Só mantra. 

Nem uma coisa, nem outra.

Não damos o peixe nem ensinamos a pescar.

Como se comêssemos só porque pescamos. Como se pescássemos só o que é nosso. Como se ninguém não nos houvesse dado, antes, algum peixe. Como se não tivéssemos peixes suficientes para repartir.

Aí os famintos vêm comer no nosso aquário, “porque os cachorrinhos também comem do aquário dos seus senhores”!

 E des-ornamentam o aquário-enfeite de nossas etiquetas.

O anzol fisga nossa pele, mas não fisga nossa consciência.


Vivemos o paradoxo de reprovar o produto, mas não o produtor. O efeito, não as causas.
Talvez parte do nosso sossego venha do desassossego alheio.

E talvez alguns desassossegados pensem inversamente, de que seu desassossego venha do sossego alheio.

A lógica é a mesma. Invertida, mas a mesma.

E filosofamos, tergiversamos, elucubramos, orgasmamos...

Nesse onanismo que nos confere algum prazer.

Não fazemos o bem porque gastamos muito tempo aprendendo como fazê-lo.
Temos argumentos. Somos argumentistas.

E Theóphile Gautier nos re-citaria sua máxima: 

   os que pretendem ter sempre razão, normalmente são os menos razoáveis”.

Hannah Arendt nos ensinou o que nos deveria ser óbvio: o mal é banal. 

          “Somente o bem é radical”, disse ela.

Não posemos de Eichmann no tribunal de Nuremberg!

Precisamos de radicalidade, não de radicalismos.

Radical é deixar as amenidades, os gestos éticos, as boas intenções, os discursos morais, as confissões de fé, os credos... e procurar as mecânicas que perpetuam o estado de coisas.

 Radical é não fazer o “bem aparente”. É deixar as remediações. 


Quando o mesmo Tiago diz que a “a religião pura e imaculada diante de nosso Deus e Pai é esta: 
Visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições e guardar-se isento da corrupção do mundo,” 

ele não está propondo uma outra cartilhinha religiosinha, não. Ele está dizendo só isso: 

Façam o que precisa ser feito. Eis a verdadeira religião.

Radical é quebrar a máquina feito um ludita. Não é a madre que pariu os afogandos a máquina que produz a miséria. Mas é a miséria produzida pela máquina que os produz e reproduz.

“Lanterna dos afogados” é estar sempre lutando contra algo e buscando um objetivo sem qualquer esperança... e quanto mais se luta, mais se afunda.

Tem alguém jogando as crianças no rio, correnteza abaixo... Ah, tem!

Por isso, manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a esperança na incerteza das riquezas...


E manda logo!

Dilson Cunha  (24/02/14)

Dilson Cunha é Arquiteto, 
Mas Escreve como Poucos 
Sua Sensibilidade em Contemplar o Cotidiano 
Sempre nos Surpreende com sua visão Humanitária 
E Solidaria para com os menos favorecidos. 
Crítico Político Imparcial traz sempre um Questionamento nunca 
Imponto Suas Idéias mas sempre fazendo o seu leitor pensar ou 
Procurar Pensar por sua Própria Cabeça.. 
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terça-feira, 23 de dezembro de 2014

POEMA DO ROMANCE E DA PAIXÃO

Uma paixão...
Talvez um possível romance...
E, 
Se for assim...
Quem sabe um amor...
A sexualidade boa não prescinde da descoberta...
da constante liberdade de fazer tudo que seja da libido e consentimento dos amantes...
Fantasia é importante...
Mente aberta até onde não incomode...
A volúpia é consequência da vontade e do desejo ardente...
A química é resultado de muitos ingredientes que se somam no tempo......
É simples...
Todavia complexo de explicar...
Então é vivê-la intensamente...
na mente e no inconsciente...
na suavidade da pele...
na carne fervente...
na respiração ofegante...
na loucura e sanidade da entrega...
"Um grande amor"...
bem como a paixão...
apenas dentro do ser é real...
assim...
sem pausas...
sem vírgulas 

sem ponto final...


G. de Araújo Lima

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Deus é bom!


Se tudo parece estar mal, ainda assim, Deus é bom!
Se tua vida não vai bem, ainda assim, Deus é bom!
Se estás doente, ainda assim, Deus é bom!
Se alguém te deixou, ainda assim, Deus é bom!
Se crê, reza, implora e nada parece acontecer, ainda assim, Deus é bom!
Se o choro se tornou seu companheiro, ainda assim, Deus é bom!
Se pensa que ninguém importa contigo, ainda assim, Deus é bom!
Se não tem dinheiro e estás cheio de dívidas, ainda assim, Deus é bom!
Se não consegues confiar Nele, ainda assim, Deus é bom!
Se não sabes de onde vem nem para onde vais, ainda assim, Deus é bom!
Se tua vida está um caos, ainda assim, Deus é bom!
Não se sabe muitas coisas. Por mais que se pesquise, se tem certeza sobre poucas. Não se sabe quanto a vida vai durar, quanto o Universo vai sobreviver, talvez seja para sempre.
Mas a única chance que se tem para transcender, para sobreviver a si mesmo, é se entregar para o desconhecido, para o Deus que não se entende, apenas se sabe.
A única chance é confiar, mesmo porque se tem certeza de muito pouca coisa.
E a única verdade é que o amor é, de uma forma ou de outra, a busca de todos nós.
Todos amamos alguma coisa.

Que aprendamos a amar o que realmente importa.

Ele criou-nos com esta liberdade. Amor é liberdade. Liberdade de escolher ao que amar.

Por isto que Ele é e nós existimos no amor Dele, mesmo que não entendamos ou não valorizemos.

Ele é amor.

O resto é tudo ingênua presunção de interpretação e julgamento humanos.


                                                                                                 G.de Araujo Lima 

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

SEXO BOM



Começa no café da manhã,
Nos olhares de carinho,
Nos gestos subliminares de amor. 

Começa nos momentos de ouvir os medos e temores do outro,

Suas angústias profundas, suas dores agudas, com a cabeça reclinada no peito. 

Quando se faz de suas lágrimas líquido doce para a boca,

Quando se ameniza a tristeza com um abraço longo e apertado.

Começa nos instantes de alegria, dos risos abertos sobre coisas bobas,

Na troca transparente de uma amizade crescente,

no companheirismo que constrói cumplicidade,

Nas carícias sem hora marcada, numa mensagem inesperada apenas para dizer da saudade. 

Começa no desejo que o outro sempre provoca,

simplesmente ao fazer um movimento com os lábios,

E desemboca em beijos mansos, intensos e calorosos afagos. 

Começa no encontro de cheiros e aromas dos elementos únicos de cada um,

Se misturando em suores, perfumes que inebriam mais que o melhor dos vinhos. 

Onde o masculino e o feminino das coisas antes vividas e  compartilhadas penetram e se fundem na carne entregue

Ao devaneio que pulsa em erupções e tremores como a Terra em metamorfose. 

O sexo bom:

É  o ápice da sexualidade doada,
Pois o corpo se revela em compulsões de prazer,
Mas é a alma Que Orgasma em Explosões ìntimas Do SER.

                                                 
G. de Araújo Lima 

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

DIVINE LOVE POEM







Love me

Love me all the time

Loves me even for a moment


Love me in souvenir dren of his thought

And when I'm away
 

Love me in longing you feel inside

Love me when you do not feel anything
And even at the time of anger
Love me, and if need to distance

The instant I mute

Love me passionately, with all your heart

And do not forget to love me even in the absence of emotion

In the moments of solitude, the soul in drougth

Sentiment will speak louder in the cold desert

And you will feel so close to me

Because you can not fool your heart

Loves me so, the candor and torture

Gentle breeze In the dark night, and

Loves me anyway

And you will know that you love and will love you for life

Love me without fear

Love me without turning

loves me tenderly

With the strength of his candor

Love me without torment.

Just to navigate their breaths

Love me without arguments

Without "threshing floor" or "edge"

Leaving live free feeling

From the whole body and soul

Love me with this lightweight way

In which eternity is made in so brief

Love me with infinite love

That makes everything make sense again

Love me with madness and reason

With serenity and compassion

Love me as the calm flow of a river to wander

And also, as the pulsing waves on the sea

Love me like so, in silence, and with everything you say,

But,

Love me as who is a hurry to be happy.