Sábado de manifestações pelo Brasil, pedido da União Européia para um contra-ataque ao atentado químico na Síria...
É o pagamento do mal com o mal.
O mundo não é justo.
Certos grupos e até países se desiludem porque esperam justiça de um sistema injusto, parcial e egoísta. Sua esperança está nele e quando elas enxergam a realidade, perdem o chão e a segurança sob os pés porque depositaram todas as suas fichas numa ilusão.
Queremos sim, um mundo melhor, quem não quer? Mas somos todos culpados, quando deixamos de contribuir para melhorá-lo e descansamos pensando que o "sistema" fará tudo por nós e que satisfará todos os nossos sonhos egoístas. E quando não conseguimos nem o básico da satisfação pessoal nos desesperamos. Protestamos e até certo ponto é legítimo, mas muitas vezes nossos gritos e nosso vandalismo são reflexo do nossa vida mimada e frustrada que se acostumou a delegar aos outros a satisfação de nossa felicidade.
Nós acreditamos nas promessas do candidato, na segurança das instituições, na eficácia do sistema econômico, nas ações sociais como coisas perfeitas e definitivas.
Esquecemos que são compostas de pessoas como nós, limitadas e sujeitas aos mesmos sentimentos.
Se compararmos com séculos atrás, temos tudo, todas as facilidades, todas as oportunidades, todas as benesses e mesmo assim somos insatisfeitos, exigentes e infelizes.
É só olharmos para nossos filhos, filhos sempre revoltados, pedintes contumazes e apesar de terem tudo, estampam uma certa infelicidade na face.
Temos tudo e achamos que não temos falta de nada, mas não percebemos que estamos, cada dia, nos afastando da nossa alma, da nossa essência.
Que saibamos retornar para ela, para o que é natural, antes que a vida venha, nos roube e nos mate de nós mesmos.
G. de Araújo Lima
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A felicidade anda pela estrada da gratidão. O que se "escreve com as mãos" fala com a boca e se pensa com o coração. G. de Araújo Lima