No caminho de minha existência, vou aprendendo a conviver com minhas próprias contradições.
Não traço alvos demasiado elevados para mim.
Não sou perfeito nem intento tamanha empreitada.
Sou levado para "desertos".
Ando por "vales".
Tenho dúvidas. Sou humilhado, desmentido muitas vezes, contrariado outras tantas, sucumbo aos meus vícios e defeitos...me entrego a devaneios e fantasias...em meio a fé que me impulsiona, me encontro repleto de incertezas...e, depois de tantas pavimentações, desconstruções e recomeços eu, enxergo, finalmente, o que sou:
um deus do meu próprio reino,
um reino sem súditos,
um reino sem impérios...
sem alegrias,
e sem amores...
diante desta iluminação,
caio em mim,
entrego minhas "armas",
meus argumentos minuciosamente elaborados,
cheios de razões "irrefutáveis"
- pensava eu, abdico deste trono inventado, e
"ajoelho"
minha força,
minha "segurança"
àquEle que vive e que é, pelos séculos dos séculos.
E morro em mim para ser achado nEle.
Assim, entrego o meu reino, por este Reino.
Entrego minhas "guerras", por esta paz.
Desfaço meus planos, por Seus projetos,
e deito meu ódio, por este Amor!
G. de Araújo Lima
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A felicidade anda pela estrada da gratidão. O que se "escreve com as mãos" fala com a boca e se pensa com o coração. G. de Araújo Lima