Dizem que a primeira impressão é aquela que fica.
Tá e daí?
O que é primeira impressão? Quais os parâmetros que a definem?
O que é para você pode não ser para mim. Para uns é a "aparência" que o outro tem, seja em beleza ou em nível social. Para outros é o aspecto intelectual, tipos de interesse e por aí vai.
Na verdade, há aspectos intangíveis, imensuráveis e num primeiro momento, inexplicáveis. Encontros manifestam o território invisível e abstrato de cada um de nós, promovendo um "choque" de realidades subjetivas, percepções, vivências e posturas diante da vida.
Nesse universo de possibilidades, não há "absolutos". Não se pode confiar em definições prontas e acabadas. O que nos sobra é andar por caminhos de discernimento, de ir "descobrindo" proposições e alternativas.
Com tudo isto, pode-se concluir, superficialmente, que a realidade é complexa e ficarmos por aqui. Esta conclusão, é o "lugar comum".
A realidade não é complexa por si só. Ela não tem este poder. A realidade é o que é, objetiva como se nos apresenta. O que a torna complexa, são as nossas INTERPRETAÇÕES.
Nós é que "complexamos" a realidade, pela "bagagem" que carregamos e pelas percepções, conscientes ou não, fruto da nossa própria história. E aí é que reside nosso desafio maior.
A realidade que é simples e objetiva, não pode ser "enfrentada", e surgir daí, alguma consequência sadia, se não for por objetividade e simplicidade, ou seja, quanto mais simples, objetivos e "descomplexados" vamos nos tornando como pessoas, mais esta transformação vai refletindo-se em nossos encontros pela vida. Conclusão óbvia, todavia, reside em um processo de auto-conhecimento e auto-enfrentamento constante.
É nesta linha, que encontros "leves" e saudáveis são resultado de pessoas que estão nesse processo contínuo de perceber-se, de enxergar-se e transformar-se a si próprio, e não, daqueles que estão sempre a esperar que o outro ou o ambiente ao seu redor mude para que possa se "sentir" nele inserido.
Aqueles que tem consciência desse processo vão se tornando pessoas "leves", simpáticas e agradáveis e estes, é que deixam uma impressão boa, que permanece.
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A felicidade anda pela estrada da gratidão. O que se "escreve com as mãos" fala com a boca e se pensa com o coração. G. de Araújo Lima