segunda-feira, 10 de novembro de 2014

POEMA DO AMOR DIVINO

 
 
 
 
 


Ama-me.

Ama-me em todo o tempo

Ama-me nem que seja por um momento
Ama-me nas lembranças do seu pensamento

E quando eu estiver longe

Ama-me na saudade que sentes por dentro

Ama-me quando não sentes nada

E até na hora da raiva

Ama-me e, se precisar distanciar

No instante em que eu silenciar

Ama-me com paixão, de todo o seu coração

E não te esqueças de amar-me mesmo na falta da emoção

Nos momentos de solidão, na alma a solidão

O sentimento falará mais alto no frio do deserto

E me sentirás tão perto

Porque não consegues, enganar seu coração

Ama-me assim, na candura e na tortura

Na brisa mansa e na noite escura

Ama-me de qualquer maneira

E saberás que lhe amo e te amarei pela vida inteira

Ama-me sem medo

Ama-me sem rodeio

Ama-me com ternura

Com a força da sua candura

Ama-me sem tormento.

Apenas com o navegar dos seus alentos

Ama-me sem argumentos

Sem eira nem beira

Deixando viver o sentimento

De corpo e de alma inteira

Ama-me com este jeito leve

Em que eternidade se nos faz tão breve

Ama-me com amor infinito

Que faz tudo voltar a ter sentido

Ama-me com loucura e com razão

Com serenidade e compaixão

Ama-me como o fluxo calmo de um rio a vagar

E também, como o pulsar das ondas sobre o mar

Ama-me assim, em silêncio, e com tudo o que me diz,

Mas,

Ama-me como que tem pressa de ser feliz.


 
 





 

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A felicidade anda pela estrada da gratidão. O que se "escreve com as mãos" fala com a boca e se pensa com o coração. G. de Araújo Lima