Os conflitos existenciais e relacionais tem sua origem na perda da noção de PUREZA.
Quando não vemos na vida e no outro aquilo que é puro, sublime, sereno e inocente.
Quando nos vemos atingidos pela mentira, pelo engano, pela cobiça, seja de fora ou a partir de nós mesmos, provocando ou sendo cúmplices destas coisas, nos tornamos descrentes de uma vida mais salutar e de pessoas verdadeiras.
Isto habita todos nós.
É resultado do afastamento da nossa dimensão mais divina, mais transcendente, mais humanizada.
Esta realidade nos faz desanimar da vida, dos projetos e dos sonhos.
Nos faz desacreditar do outro, de amizades sinceras e de parceiros fiéis.
Então, desconfiamos de tudo e de todos, criticamos, duvidamos, acusamos, des-amamos.
Muitas vezes não notamos o fato de que nós mesmos somos contribuintes para que isto ocorra com o outro na mesma medida, quando não somos claros, não admitimos nossos erros, não somos humildes para reconhecê-los e mudar nossas posturas e convicções.
A saída desse processo que fragmenta vidas e relações é um só:
negar este "self",
este "eu",
este ser vampirizado pela ganância e pela cobiça,
pela vontade de experimentar o mal e o bem,
mas sempre enfraquecendo o bem, pois um e outro não podem conviver e disso resultar em harmonia,
pela desconfiança e pela insegurança que se manifesta pelo desejo de controle sobre o desejo do outro.
É promover a morte do mal em si mesmo,
cada dia,
para que o bem,
e só ele,
prevaleça.
É negar a pior parte de si mesmo por dar valor àquilo que é bom.
É exercitar um olhar puro para a vida, para o próximo e para o parceiro.
É deixar a beleza do que é divino se fazer caminho eterno em nós
e em nosso caminho.
e em nosso caminho.
G. de Araújo Lima
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A felicidade anda pela estrada da gratidão. O que se "escreve com as mãos" fala com a boca e se pensa com o coração. G. de Araújo Lima